De Vidro e Mar” é um espetáculo que resulta da fusão entre arte e memória, refletindo a identidade da Marinha Grande através da dança, da música e do vídeo.
Com ponto de partida na fábrica Morais Matias, desenrola-se em percurso que culmina no Teatro Stephens.
Com estreia marcada para 12 de abril, às 17h, – repete dia 13, à mesma hora – “De Vidro e Mar” é uma coprodução da Mundo em Reboliço com o Município da Marinha Grande, com direção artística de Filipa Francisco.
“De Vidro e Mar” começou por ser uma residência artística realizada em 2024 pela Mundo em Reboliço na Marinha Grande, para investigar as histórias da região e trabalhar com as associações locais. Perante a riqueza do material encontrado, a equipa criativa, dirigida por Filipa Francisco, propôs ao município o desenvolvimento deste projeto e o seu culminar num espetáculo.
A proposta consistiu em envolver, de forma colaborativa, a comunidade e os coletivos no processo de criação, promovendo a imaginação e a reflexão, sobre o ato criativo e também sobre as realidades sociais da região.
Este processo, guiado por Filipa Francisco, Marta Coutinho e Ricardo Freitas, decorreu ao longo de vários meses e passou por várias fases de trabalho: uma primeira fase de investigação em que foram feitos levantamentos textuais e fotográficos; uma segunda de investigação no terreno, na qual foram feitas visitas, encontros e entrevistas a pessoas relacionadas com a indústria vidreira e com a história da Marinha Grande; depois uma chamada à participação da comunidade, seguida de oficinas práticas nas quais se estabeleceu o diálogo entre a investigação feita e os corpos dos participantes. Chegou-se então à partitura: como é que esta investigação, já colocada nos corpos, resulta numa dramaturgia com princípio, meio e fim. E, finalmente, os ensaios.
“De Vidro e Mar” resulta destes encontros entre diferentes experiências e saberes, num espetáculo que mergulha na história da Marinha Grande, envolvendo a comunidade e coletivos locais. Para além de participantes individuais, conta também com a banda Filarmónica Recreativa Amieirinhense, dirigida por Élio Frois, com os Tocándar (Tocándar Sénior – Kotándar), com direção musical de Paulo Tojeira, com o Coro da Tertúlia dos Anos de Ouro, dirigido pelo maestro Carlos Ferreira, e com alunas do Curso de Dança da Escola de Artes e Movimento do Sport Operário Marinhense, dirigidas pelas professoras Joana Santos e Diana Sábio.
Destes encontros nasceram múltiplas narrativas. Histórias individuais e coletivas que têm o vidro como tema central, onde o político e o social se cruzam. É desta forma que, partindo do território e convocando memórias, “De Vidro e Mar” procura contar poeticamente as histórias da Marinha Grande, refletindo sobre o presente e explorando perspetivas de futuro.
O espetáculo congrega áreas de criação distintas, como dança, vídeo e música, para propor aos espetadores um percurso que parte da porta da antiga fábrica Morais Matias, numa caminhada/ /manifestação até ao Auditório da Resinagem, daí até ao Teatro Stephens. No final, será servida uma “sopa do vidreiro” que o público poderá adquirir por uma quantia simbólica e cujo valor reverte a favor da Confraria da Sopa do Vidreiro*.
Informações
Ambas as sessões vão ter interpretação em LGP.
Local
Teatro Stephens – levantamento de bilhetes e ponto de encontro.
Praça Guilherme Stephens
2430-522 Marinha Grande
Bilhetes
Entrada gratuita com lotação limitada.
Informações e reservas de bilhetes através do e-mail: teatro.stephens@cm-mgrande.pt
ou pelo telefone 244 573 377
* A sopa tem o custo unitário de 7€ e deve ser reservada até ao dia 10 de abril.
Para reservas contatar a Confraria da Sopa do Vidreiro:
E-mail: confrariasopadovidreiro@gmail.com
Telefones: 962 375 925 ou 962 338 589
Agenda
Próximos eventos e intervenções.
Vídeos
Documentários, performances e entrevistas
Vídeo: Miguel Canaverde
Vídeo: Miguel Canaverde
Ficha
Técnica
Concepção, direção artística e interpretação: Filipa Francisco
Direção musical, composição e interpretação: Ricardo Freitas
Assistente direção artística, cocriação e interpretação: Marta Coutinho
Participantes: Alunas do Curso de Dança da Escola de Artes e Movimento do Sport Operário Marinhense, dirigidas pelas professoras Joana Santos e Diana Sábio. Confraria da Sopa do Vidreiro, Filarmónica Recreativa Amieirinhense, dirigida por Élio Frois, Tocándar (Tocándar Sénior – Kotándar), com direção musical de Paulo Tojeira, Coro da Tertúlia dos Anos de Ouro, dirigido pelo maestro Carlos Ferreira.
Recolha de histórias: Acácio Matias, Aires Rodrigues, Alfredo Poeiras, Ana Paula Rodrigues, Ana Isabel Órfão, Ana Luísa Correia, Ângela França, Mestre António Esteves, Carlos Franco, Célia Morgado, Celeste Esteves, Deolinda Bonita, Emília Pires, Etelvina Ribeiro, Fernanda Monteiro, Idalina Gaspar, Irene Constâncio, Joana Pimenta, Joaquim Prudêncio, José Medeiros, Licínio António, Lívia Rocha, Luís Silvestre, Maria Aida Ferreira, Maria João Franco, Mário Macatrão, Nelson Figueiredo, Pedro Morgado, Rui Brites, Vânia Colaço, Olinda Colaço, Otávio Rodrigues, Patrícia Rosa, Projectos de Vida Sénior.
Agradecimentos: PoeirasGlass, Vidrala, Ifavidro, CENCAL
Apoio à investigação: Hugo Cruz
Direção técnica e desenho de luz: Zé Rui
Vídeo: Miguel Canaverde
Guarda-roupa/costureira: Caroline Peixoto
Interpretação LGP: Hands Voice
Assessoria de imprensa: Levina Valentim
Comunicação: Eduardo Quinhones Hall
Produção: Mundo em Reboliço
Coprodução: Câmara Municipal da Marinha Grande
Produção executiva: Helena Maia
Administração: Cristina Nogueira/Rita Maia
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