A VIAGEM problematiza o modo como as manifestações populares aderem e procuram a modernidade, originando novos significados, permitindo nova apropriação e novo entendimento do seu papel nos dias hoje.
O desejo de trabalhar com grupos de dança tradicional nasceu em viagem. Na primavera de 2009, a convite do Festival de Dança Contemporânea de Ramalla, Filipa Francisco conhece a Companhia de Dança Tradicional e Contemporânea El-Funoun.
“Ao viajar com o grupo pela Palestina, ao assistir aos seus espectáculos em pequenas aldeias, apercebi-me do poder da dança tradicional. Esta dança toca questões tão actuais como entidade, género e liberdade. O acto de Dançar para estes jovens era na verdade um grito de liberdade. Uma forma de se libertarem das memórias duras da guerra”
Desta experiência nasce a consciência de que a dança tradicional não tem como fatalidade permanecer à margem da modernidade (nem tão pouco a modernização passa pela anulação das tradições). Sendo uma prática actual, obedece a regras e conjuga outras práticas e processos sociais. É pois neste sentido que o presente projecto ganha particular relevância.
As danças tradicionais encontram-se patentes no imaginário colectivo como expressão de tradições populares regionais, associando-as à arte popular. Detêm relevante e inquestionável importância no que toca à cultura dos povos, pela riqueza que encerram no domínio dos costumes e tradições transmitidos de geração em geração, por via das canções, movimentos e trajares.
Confrontando esta herança viva com percursos na música e na dança contemporânea, Filipa Francisco aprofunda a sua reflexão em torno da função social e política da arte, deslocando mais uma vez o seu trabalho artístico para espaços e linguagens que aumentam as possibilidades de encontro com o público.
Em cada localidade onde se apresente este projecto, proceder-se-á à investigação sobre as danças tradicionais locais. Porque este é um trabalho de criação, mas também de afectos, de sensibilidade e de descoberta do outro, é essencial um tempo de criação pausado, que permita um efectivo diálogo e entendimento da pluralidade de orientações e práticas.
2011
Torres Novas, Festival MD/Teatro Virgínia
2012
Rio de Janeiro (BR), Festival Panorama
Coimbra, Teatro Académico Gil Vicente
Llandudno (CY), Adain Avion
Santa Maria da Feira, Imaginarius
Guimarães, Espaço ASA
2013
Guimarães, Festas Gualterianas
Torres Novas, Teatro Virgínia
Cartaxo, Centro Cultural
Abrantes, Cine Teatro São Pedro
Viseu , Teatro Viriato
2014
Porto, Rivoli Teatro Municipal
Lousada, Rota do Românico
2015
Ovar, Jardim do Cáster
Águeda, Cine Teatro São Pedro
2016
Sever do Vouga, CAE
2017
Ílhavo, 23 Milhas
2018
Góis, Casa da Cultura
Tábua, Centro Cultural
2019
Oliveira do Hospital , Salão Nobre dos Bombeiros Miranda do Corvo
Miranda do Corvo, Casa da Cultura
Cantanhede, Complexo Desportivo de Febre
Coimbra, Convento de São Francisco
2020
Arganil, Auditório da Cerâmica Arganilense
2024
Ourém, Teatro Municipal de Ourém, 27 e 28 de Abril
Viseu, Teatro Viriato, 25 e 26 de Outubro
Vídeos
Documentários, performances e entrevistas
A Viagem Documentário - com grupo folclórico Torredeita, Viseu
Festival Materiais Diversos, 2011
Ficha
Técnica
Concepção e direcção artística Filipa Francisco
Música original António Pedro
Direção musical Ricardo Freitas
Interpretação Susana Domingos Gaspar, Emiliano Manso e elementos do Rancho Folclórico de Torredeita
Músicos Ricardo Freitas e elementos do Rancho Folclórico de Torredeita
Assistente de direcção artística Pietro Romani
Figurinos Ainhoa Vidal
Desenho de luz e direcção técnica Mafalda Oliveira
Desenho de som Ricardo Figueiredo
Produção Helena Maia | Mundo em Reboliço
Co-criadores 2011-2024: Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Riachos, Grupo Folclórico da Corredoura, Os Malmequeres de Lourosa, Rancho Folclórico e Etnográfico de Terras de Santa Maria (Rio Meão), Dawnswyr Bro Cefni, Dawnswyr Delyn, GEFAC, Rancho Folclórico da Casa de Viseu do Rio de Janeiro, Grupo Folclórico da Casa do Povo do Pego, Rancho Folclórico de Torredeita, Rancho Folclórico da Freguesia da Lapa, Grupo Folclórico de Torres Novas, Grupo Folclórico e Cultural as Lavradeiras do Vale do Sousa, Rancho Folclórico São Pedro de Caíde de Rei, Grupo Etnográfico do Orfeão do Porto, Grupo Folclórico Os Serranos, Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães, Grupo Folclórico da Casa do Povo de Válega, Grupo Folclórico Os Fogueteiros de Arada,, Rancho Regional e Folclórico de Candosa, Rancho Folclórico de Rocas do Vouga, Rancho Folclórico O Arrais, Rancho Regional e Folclórico de Candosa, Rancho Folclórico Mensageiros da Alegria, Grupo Folclórico e Etnográfico da Cova do Ouro e Serra da Rocha, Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca – Eiras, Grupo Típico de Ançã,Rancho Etnográfico Flores das Cortes, Rancho Folclórico Cultural Lagares da Beira, Grupo Folclórico da região de Arganil, Rancho Folclórico Casa do Povo de Fátima, Rancho Folclórico de Torredeita
Coproduções: Mundo em Reboliço, Festival Materiais Diversos, Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, Teatro Virgínia (Torres Novas), Teatro Municipal de Ourém, Câmara Municipal de Ourém, Teatro Viriato
Agradecimentos alkantara, RE.AL
Projecto financiado pela Governo de Portugal/Secretário de Estado da
Cultura – DG Artes
© Associação Cultural
Mundo em Reboliço 2022.
Todos os direitos reservados.
A Mundo em Reboliço é uma estrutura financiada por:
UNIDXS PELO PRESENTE E FUTURO DA CULTURA EM PORTUGAL